sexta-feira, 10 de novembro de 2017

RESENHA | Justiça


Muitos de nós, fãs incondicionais de quadrinhos de super heróis, crescemos assistindo àquele famoso desenho animado dos Superamigos, da Hanna-Barbera, que trazia os mais importantes personagens da DC Comics em sua versão animada (se você foi um dos que assistiram este desenho, saiba, meu amigo, que está ficando velho!). Muitos de nós, aliás, tivemos nosso primeiro contato com personagens como Batman, Superman e Mulher Maravilha através desta animação. Havia uma temporada deste desenho - intitulada O Desafio dos Superamigos -, em que os super heróis enfrentavam uma sinistra equipe formada por alguns dos maiores super vilões da DC Comics da época: a Legião do Mal. Foi desta série que veio a inspiração para a criação de Justiça, uma maxi-série em 12 edições concebida pela lenda viva da nona arte Alex Ross (Marvels, Reino do Amanhã, Terra X), com roteiros de Jim Krueger (Terra X) e lápis de Doug Braithwaite.

Legião do Mal - Alex Ross (acima) / Superamigos (abaixo)

Se existe um motivo básico para ler esta história, sem sombra de dúvida é a fabulosa arte de Alex Ross. Cada quadro do artista é, literalmente, uma pintura, que impressiona por sua aparência realística, apesar da caracterização clássica dos personagens (não é mistério para ninguém que Alex Ross é um entusiasta do estilo clássico da Era de Prata dos quadrinhos). Somente ele para desenhar um Superman ultrarrealista vestindo seu famoso uniforme azul, amarelo e vermelho, e com a cueca por cima da calça! E o que dizer das splash pages mostrando, nos mínimos detalhes, épicas cenas de batalha entre diversos heróis e vilões da DC: um verdadeiro prato cheio para os fãs de histórias de super heróis em sua forma mais clássica! No entanto, seria injusto atribuir todo o crédito da arte apenas a Alex Ross, já que nesta nesta Graphic Novel em particular ele colaborou com o desenhista britânico Doug Braithwaite, o qual forneceu os esboços a lápis sobre os quais Ross pintou. Felizmente, o estilo do traço de Braithwaite é bastante parecido com o de Alex Ross, de modo que o resultado foi um verdadeiro amálgama da arte de ambos.

Superman, por Alex Ross

Mas não é só por causa da belíssima arte que vale a pena ler Justiça: o roteiro de Jim Krueger também tem seus méritos. A premissa básica de Justiça é bastante interessante: e se os maiores super vilões do planeta decidissem empregar seus dons, normalmente utilizados em crimes mesquinhos ou em planos de dominação mundial, para resolver os problemas da humanidade? É justamente isto que acontece no primeiro ato de Justiça: motivados por um pesadelo compartilhado, no qual a Liga da Justiça falha em salvar o mundo de um Armagedom nuclear, os vilões decidem se unir e fazer aquilo que os maiores heróis do planeta não se dispuseram a fazer até então: curar doenças, resolver o problema da fome, transformar desertos em florestas, enfim, melhorar a vida dos humanos comuns. A grande questão é: será que todos estes atos são genuinamente altruístas, ou há algum plano maligno por trás de tudo? Pois, ao mesmo tempo em que anunciam seu plano de salvação para o planeta, os vilões lançam um ataque orquestrado e avassalador contra a Liga da Justiça, inutilizando seus membros mais poderosos.

Ataque à Mulher Maravilha

Um ponto negativo do enredo de Justiça é justamente o fato de o conceito principal da trama não ser desenvolvido ao longo da história, que embarca em uma linha mais voltada para o embate clássico entre heróis e vilões. Além disso, falta coragem quando nenhum dos heróis derrubados sofre qualquer dano permanente, mesmo o Aquaman, que tem um pedaço do cérebro cirurgicamente removido por Brainiac. Mesmo a questão das identidades civis dos membros da Liga da Justiça, descobertas durante o ataque da Legião do Mal, é resolvida de maneira simples e rápida, para que, ao final, o status quo dos heróis continue o mesmo de antes. Ao final de Justiça, absolutamente nada muda para os heróis, a não ser o conhecimento de que eles não são, afinal, invencíveis. Mas esta é, por si só, a essência da Era de Prata: de que, apesar de tudo parecer que irá dar errado no começo, os verdadeiros heróis encontrarão as forças para dar a volta por cima e fazer com que tudo volte ao normal.

A conclusão da história é nada menos do que épica, e faz jus ao título que Alex Ross originalmente usaria: Vs (Versus). É herói contra vilão, ou melhor, em alguns casos, chega a ser herói contra herói, já que os vilões voltam os pupilos dos membros da Liga da Justiça contra seus antigos mentores. Numa batalha que toma grande parte das três últimas edições, vários heróis da DC Comics tomam parte do conflito: além da Liga e dos Jovens Titãs, temos a Patrulha do Destino, os Homens Metálicos e a Família Marvel (não, não estou falando dos Vingadores!). Sendo esta uma história com o dedo de Alex Ross, um personagem que ganha bastante destaque é o Capitão Marvel, que tem diversas cenas excelentes ao lado do Superman.

O Capitão Marvel

Apesar do grande número de personagens, o roteirista soube onde colocar cada um deles e empregar seus poderes com bastante eficiência, até mesmo personagens secundários como o Homem Elástico ou os Homens Metálicos. E por falar nos coloridos robôs do Dr. Magnus, não se pode concluir uma resenha de Justiça sem falar nas controversas armaduras usadas pelos heróis da Liga da Justiça no confronto final com a Legião do Mal. Alex Ross nunca escondeu que o preço para publicar Justiça foi criar uma linha de personagens que a DC pudesse utilizar para vender bonecos. Esta não foi a primeira vez que uma editora fez isso, tampouco a última; contudo, Krueger insere a necessidade das armaduras de forma bem natural e coerente em seu roteiro, de modo que o novo visual não causa nenhum problema à história em si, a não ser por ter tirado o glamour das cenas finais, que teriam sido muito melhores com os heróis em seus trajes clássicos.

A Liga da Justiça com suas Armaduras

Não ouso dizer que Justiça seja um clássico, um divisor de águas para o gênero, uma obra-prima dos quadrinhos; porém ela é uma excelente pedida para quem gosta de uma boa história de super heróis, repleta de ação, planos mirabolantes, reviravoltas e dezenas dos personagens mais clássicos da Editora das Lendas lutando entre si, tudo isso retratado com uma arte soberba. Justiça é uma homenagem a uma era dos quadrinhos em que as coisas eram mais simples e ingenuamente otimistas, quando os enredos ainda não haviam sido contaminados pelo cinismo da década de 80. Enfim, Justiça é uma carta de amor escrita e desenhada por um grande fã para outros fãs.

E se o amigo leitor estiver se perguntando como fazer para ler esta HQ, existem algumas opções: a primeira é ler as edições individuais que foram publicadas pela Panini na época do lançamento, e que com sorte podem ser encontradas no Mercado Livre; a segunda, e mais indicada, é adquirir a Edição Definitiva lançada por esta mesma editora no Brasil, uma versão de luxo lindíssima publicada em tamanho grande, maior que o formato americano (mais comumente utilizado pela Panini). O problema desta edição é que, assim como todas as edições definitivas publicadas pela Panini, ela se esgota muito rápido nos sites de venda, então não é nada fácil encontrá-la à venda. Mas não perca a esperança: por último há a versão da Eaglemoss, que saiu na coleção de Graphic Novels da DC da editora inglesa nos números #27 e #28, e que podem ser encontrados facilmente no site da editora. Boa leitura!

Capa da Edição Definitiva de Justiça

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

RESENHA | Lendas


Superman, Batman, Mulher Maravilha, Flash... não é à toa que a DC Comics é conhecida como a editora das Lendas: seus personagens estão por aí há mais de 75 anos, povoando o imaginário popular, e fizeram parte da infância de milhões de pessoas mundo afora. Além dos quadrinhos, eles estão nos desenhos animados, nos filmes, nas figuras de ação, colecionáveis, mochilas e camisetas. É este conceito de "lenda" que os roteiristas John Ostrander e Len Wein utilizam na minissérie Lendas, primeiro grande crossover com os heróis da DC após a Crise nas Infinitas Terras, e publicada nos EUA de novembro de 1986 a abril de 1987. A poeira ainda estava baixando após o grande reboot que redefiniu a origem das maiores heróis da DC, e agora era preciso forjar novas lendas e estabelecer as já existentes, dentre as quais a principal equipe de super heróis da editora: a Liga da Justiça. A arte de Lendas ficou a cargo do talentosíssimo John Byrne, famoso roteirista/desenhista por trás de uma das melhores fases dos X-Men nos quadrinhos e por ter reformulado a origem do Superman. 

Como vilão para este arco foi escolhido Darkseid, que é talvez o vilão mais imponente da DC Comics. Desta vez os planos do soberano de Apokolips não incluem uma invasão em larga escala ao planeta Terra; seu estratagema é muito mais sutil: ele pretende destruir a imagem dos super heróis, fazendo com que eles sejam odiados pela população que um dia juraram proteger. Para este intento, ele envia para a Terra seu servo Glorioso Godfrey, o qual, disfarçado de líder fanático, incita a população através de discursos inflamados na TV contra os heróis fantasiados, e influenciando o presidente dos EUA a promulgar um ato institucional proibindo os vigilantes mascarados. 

Darseid Dialoga com o Vingador Fantasma

Ao contrário de outras HQs publicadas na época (Watchmen, O Cavaleiro das Trevas), Lendas possui um tom mais otimista e esperançoso, tentando resgatar o verdadeiro ideal super heroico. Em alguns momentos o roteiro chega até a soar um pouco ingênio - principalmente no final, quando os heróis são salvos pelas crianças, os únicos a ainda acreditarem nos super heróis. Não há muito espaço para desenvolvimento de personagens: tirando o esquentadinho Guy Gardner - que faz as vezes de Lanterna Verde oficial da Terra na ausência de Hal Jordan -, todos os demais super heróis são extremamente nobres e honrados, não ostentando nenhum defeito que os aproximem dos meros mortais. 

O Esquadrão Suicida

Como já foi mencionado anteriormente, Lendas não só estabeleceu alguns ícones da editora, como também produziu novas lendas para a posteridade. Uma delas foi o surgimento da Força-Tarefa X, também conhecida como Esquadrão Suicida. O grupo original era composto pelo coronel Rick Flag, o Pistoleiro, Magia, Capitão Bumerangue, Tigre de Bronze e Arrasa-Quarteirão, e respondia diretamente a Amanda Waller, que fez sua estreia nas páginas de Lendas. Desde então ela já era uma das mulheres mais badass dos quadrinhos; apesar de não possuir nenhum superpoder, apenas com seu gênio forte e métodos nem um pouco ortodoxos ela consegue dominar os mais perigosos supervilões da editora, e superar todo tipo de preconceito, tanto por ser uma mulher em posição de autoridade como por ser negra.

Primeira Aparição de Amanda Waller

Apesar de não ser a HQ de origem da Liga da Justiça - nas páginas de Lendas a equipe já existia, com a antiga formação do período pré-Crise (Caçador de Marte, Nuclear, Vibro, Cigana, Homem Elástico, Gládio e Vixen) -, Lendas foi responsável por revitalizar a Liga ao introduzir uma nova formação para o famoso supergrupo, novamente com personagens mais clássicos. Outros heróis, que não ocupavam uma posição de destaque havia muitos anos, também foram introduzidos na equipe, como o Capitão Marvel (atualmente Shazam), o Senhor Destino (responsável por juntar os heróis) e o Bezouro Azul (herói da extinta Charlton Comics).

A minissérie Lendas foi publicada pela Panini Comics na série Grandes Clássicos DC e mais recentemente na excelente coleção Lendas do Universo DC - Darkseid. Esta segunda edição está bastante caprichada, embora seja de capa cartão e papel off-set, é uma edição muito bonita e compensa bastante pelo preço. Boa leitura!

Capa de Lendas do Universo DC - Darkseid

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

RESENHA | Watchmen



Como seria o nosso mundo se os super heróis existissem de verdade? O que a presença de um ser dotado de poderes verdadeiramente autênticos e ilimitados representaria para o equilíbrio de poder entre as nações? Como o vigilantismo seria encarado pela população das grandes cidades? Que tipo de pessoa se arriscaria a sair todas as noites para lutar contra criminosos vestindo uma fantasia? Na aclamada Graphic Novel Watchmen, publicada entre setembro de 1986 e agosto de 1987 pela DC Comics, Alan Moore e Dave Gibbons se propõem a responder a essas e outras perguntas, num enredo cínico e pessimista que parodia o gênero dos super heróis e desconstrói diversos conceitos sobre o quais ele se estabeleceu desde os anos 1940.

Inicialmente Alan Moore pretendia utilizar os heróis da Charlton Comics, cujos personagens haviam sido incorporados pela DC Comics após sua falência, porém a editora tinha outros planos para o Capitão Átomo, o Besouro Azul e o Questão, de modo que Alan Moore e Dave Gibbons tiveram que conceber personagens totalmente novos para povoar o universo de Watchmen. Tanto melhor. O mundo em que esta história se passa também era completamente independente da continuidade regular da editora, o que deu bastante liberdade para Alan Moore contar sua história sem se preocupar com possíveis repercussões na continuidade do Universo DC. Apesar de muito parecido com o nosso, o mundo de Watchmen possuía algumas diferenças cruciais, provocadas pela presença dos heróis fantasiados. Por exemplo, graças ao Dr. Manhattan os EUA venceram a Guerra do Vietnã e Richard Nixon permaneceu como presidente até os anos 1980.

Moore estabeleceu uma mitologia própria para os super heróis que povoavam aquele universo, estabelecendo que existiram duas gerações distintas de heróis: a primeira, nascida nos anos 1940, marcou a alvorada dos "aventureiros mascarados", os quais mais tarde de juntaram e formaram os "Homens-Minuto"; já a segunda geração surgiu durante a década de 60, em meio a todas as grandes mudanças sociais pelas quais os EUA estavam passando, e acabou sendo forçada a se aposentar após a sanção de uma lei que tornava ilegais os vigilantes. No entanto, alguns desses heróis continuaram na ativa, como o Comediante e o Dr. Manhattan, que trabalhavam para o governo, e o psicótico Rorschach, que mesmo procurado pela polícia continuou em sua cruzada contra o crime.

Os Minute-Man (acima) e os Combatentes
do Crime (abaixo)

A trama principal de Watchmen começa com o assassinato do herói conhecido como Comediante, embora "herói" não seja o termo mais adequado para definir uma figura tão polêmica como Edward "Eddie" Blake. Conhecido por um cinismo constante com relação à sociedade e uma postura quase sempre violenta, ele não possui muitos amigos, e apenas o vigilante Rorschach se interessa em conduzir uma investigação sobre sua morte. Esta investigação o arrasta para dentro de uma conspiração política que planeja destruir o mundo em um holocausto nuclear provocado pela guerra entre os EUA e a URSS, mas para que este plano tenha sucesso, a ameaça dos heróis remanescentes precisa ser removida, principalmente o todo-poderoso Dr. Manhattan, que é manipulado psicologicamente para deixar a Terra e abrir caminho para a escalada armamentista russa. Além de Rorschach, outros dois heróis aposentados são forçados a voltar à ativa: Coruja e Espectral. Ambos haviam pendurado os uniformes por vontade própria, o primeiro por considerar que seu período como vigilante não passou de uma fantasia ridícula de adolescente que se prolongou até a vida adulta, e a segunda como uma forma de se recusar a seguir o caminho imposto pela mãe, a primeira Espectral. 

Apesar do excelente roteiro, o que mais chama a atenção em Watchmen é sua narrativa gráfica. A HQ é um verdadeiro laboratório onde Alan Moore e Dave Gibbons experimentaram diversas técnicas narrativas de vanguarda, como metalinguagem, fractais, simbolismos e conceitos filosóficos. Texto e desenhos de conversam entre si e se complementam em uma narrativa coesa e inteligente. A arte de Dave Gibbons é repleta de detalhes, cada um deles dotado de um significado importante para a trama. Sejam as inúmeras referências ao perfume "Nostalgia" ou à empresa de fechaduras "Gordian Knot", a história é repleta de simbolismos que remetem a ideias centrais para o enredo. Watchmen ainda conta com uma trama paralela, uma espécie de história dentro da história, chamada Contos do Cargueiro Negro, a qual, de início, parece deslocada em sem sentido para a trama principal, mas quando se analisa a conclusão de ambas, percebe-se que na verdade as duas contam a mesma história. 

A estrutura gráfica de Watchmen também e outro aspecto interessante da Graphic Novel. Gibbons utilizou um padrão de nove quadros por página que se repete em todas as edições, com pequenas variações para permitir quadros maiores. Na edição #5, intitulada Terrível Simetria, em apologia a Rorschach, vemos a aplicação deste padrão levada ao extremo. Se o leitor prestar bastante atenção perceberá que a disposição dos quadros da primeira metade desta edição é "refletida" na segunda metade, formando um impressionante padrão simétrico. O exato centro deste padrão ocorre entre as páginas 14 e 15, e a partir daí, a página 16 reflete a página 13, a 17 a 12 e daí por diante. Imagine a dificuldade para se executar tamanha tarefa, e ainda por cima com todas as limitações de prazo impostas pela editora!

A "Terrível Simetria" 

A conclusão de Watchmen é arrebatadora, e, apesar disso, agridoce. O mundo é salvo, porém ao custo da consciência dos heróis, que precisam esconder a terrível verdade por trás da conspiração do "matador de mascarados" para que a paz seja mantida. Não é um final fácil de ser digerido, porém é o único possível, um verdadeiro cheque-mate de roteiro.

Nem preciso dizer que Wachmen é uma HQ obrigatória para os verdadeiros fãs de quadrinhos. Ela é uma obra para se ler e reler diversas vezes, e a cada leitura pode-se descobrir um novo detalhe ou se maravilhar com a imponência de uma história que, apesar de ter sido produzida há mais de 30 anos, continua atual. Ela marcou a alvorada das HQ's voltadas para o público adulto, redefinindo o gênero das histórias em quadrinhos de super heróis ao abordar temas como política, sexualidade e violência, raramente vistos juntos em uma história de banda desenhada americana até então. 

Watchmen já foi adaptada para o cinema em 2009 no longa dirigido por Zack Snyder, e recentemente foi noticiado que ela será adaptada em uma série de TV produzida pela HBO. A própria DC Comics decidiu dar continuidade à história concebida por Alan Moore, incorporando-a ao seu universo regular com a vindoura saga Doomsday Clock. Mas nada disso se compara a ler o material original - aqui no Brasil esta história já foi publicada e republicada diversas vezes, e se eu pudesse indicar uma edição que eu considero perfeita, seria a Edição Definitiva da Panini Comics, a qual conta ainda com dezenas de páginas extras, incluindo as concepções iniciais de Alan Moore para os personagens da Charlton. Boa leitura!

Capa de Edição Definitiva de Watchmen